Há dias venho ouvindo o novo álbum do grande Bob Mould, Silver age, e pensando no que escrever sobre o mesmo. O grande problema dessa história é que, passados todos esses dias, continuo sem saber o que dizer.
Mould foi durante os anos 80 a voz do Hüsker Dü e durante parte dos 90’s (pouco mais de dois anos) o frontman do Sugar, duas bandas pelas quais sou apaixonado. Além disso, desde o fim do Dü o cara vem lançando uma porção de discos solo, em geral muito bons.
Então, porra, quem sou eu pra dizer algo sobre Silver age?
Ok, alguns detalhes técnicos: O álbum é a estreia do indie hero na Merge, e sai oficialmente no próximo dia 04 de setembro. Traz nas baquetas Jon Wurster (Superchunk/Mountain Goats) e no baixo Jason Narducy e, segundo as palavras do próprio Mould, se aproxima musicalmente ao Hüsker Dü.
Mas não é bem assim, com exceção à “Keep believing”.
Silver age vem recheado de ótimos riffs, é básico, cru e direto, mas como comparação está muito mais para Sugar (melódico) que para Hüsker Dü (punch). Não por coincidência, sai ao mesmo tempo em que Mould inicia a turnê em comemoração aos 20 anos de Cooper blue, debute do Sugar e seu maior êxito comercial até hoje – reeditado agora pela Merge. Bom avisar que isso é constatação, não crítica.
Difícil escrever qualquer coisa sobre Silver age em uma posição que não de fã da maricona-mór do indie rock. Se você quiser ler uma crítica que menospreze o disco, procure e as encontrará aos montes, com certeza.
Por aqui Bob Mould entra fácil na lista de melhores do ano.
Recomendado!