Vindo de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, o The Sorry Shop é outro exemplo das ótimas guitar bands brasucas que vêm trazendo de volta à superfície roqueira a sonoridade do rock lado B dos anos 90, assim como o Single Parents e outros (presentes no Podcast Especial dedicado ao indie nacional).

A banda (de um homem só, como será explicado abaixo) lançou um EP no ano passado (Thank you come again), e dá continuidade agora ao trabalho com o recém-lançado primeiro disco cheio, Bloody, fuzzy, cozy.

“Sometimes I’m down”, primeiro vídeo do álbum

O disco traz quatro das cinco faixas presentes no EP (segundo o baixista Régis Garcia disse ao Floga-se ambos são uma coisa só, um segmento natural) e outras nove inéditas, todas oscilando entre cargas de barulho e melodias limpas.

Régis aliás é responsável por toda a massa sonora de Bloody, fuzzy, cozy. O cara tocou todos os instrumentos, além de cantar (com uma força de Marcos Alaniz e Mônica Reguffe), masterizar, mixar e produzir o álbum.

Logo de cara com “Gone again” dá pra sacar qual é a do disco. Uma introdução clássica com um maneiríssimo arranjo de guitarra chega na frente, desaguando numa bela música, que como a seguinte (“About kings and queens”) me lembrou algo entre o Eugenius e o Sugar. Ambas pela arquitetura sonora, e a segunda especialmente pelos vocais.

É com essa pegada que as canções de Bloody, fuzzy, cozy vão seguindo, e fica cada vez mais difícil pausá-lo. “Walk away (and don’t come back”), uma das preferidas por aqui, ilustra bem outra marca do álbum, a intensidade emocional das composições de Garcia.

E agora com um disco nas costas o baixista se aliou a Rafael Rechia (guitarra), Luiz Espinelly (guitarra), Eduardo Custodio (bateria), Marcos Alaniz e Mônica Reguffe (vocais e barulhos) e o The Sorry Shop se tornou oficialmente uma banda, que em breve começará a se apresentar ao vivo. Esperamos que no palco as coisas funcionem tão perfeitamente quanto em Bloody, fuzzy, cozy.

Altamente recomendado!

Pra baixar o álbum basta apontar o mouse aqui.


2 respostas para “The Sorry Shop – Bloody, Fuzzy, Cozy (2012)”.

  1. […] É com essa pegada que as canções de Bloody, fuzzy, cozy vão seguindo, e fica cada vez mais difícil pausá-lo. “Walk away (and don’t come back”), uma das preferidas por aqui, ilustra bem outra marca do álbum, a intensidade emocional das composições…(Leia mais) […]

  2. […] ano após (nos) encantar com Bloody, fuzzy, cozy, o guitarrista e sua trupe apresentam ao mundo seu segundo disco cheio, Mnemonic […]

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